19 de dezembro de 2013

presentes: os melhores não têm embrulho

 
No dia 18 de Dezembro, o Fórum reuniu-se mais uma vez no Teatro Rápido, em Lisboa, para a realização da última tertúlia de 2013. O tema abordado foi "Presentes: os melhores não têm embrulho». Contamos com a colaboração da Professora Cláudia Cirilo, do Colégio das Descobertas, que orientou uma pequena oficina onde tivemos oportunidade de colocar em prática a nossa criatividade.

 
Fernanda Freitas assumiu a moderação de uma conversa, para a qual contamos com  a presença dos seguintes convidados:
 
- Susana Albuquerque, representante da ASFAC - Associação de Instituições de Crédito Especializado;
- Pedro Madeira Rodrigues, pai de família numerosa e Secretário-Geral da Associação de Comércio de Lisboa;
- Luísa Tavares, APEI - Associação de Profissionais de Educação de Infância.

 
 
Luísa Tavares partilhou connosco algumas experiências em âmbito escolar e que se relacionam com a questão do dar e receber: as crianças querem muito receber prendas - nomeadamente no Natal - mas a escola não se pode esquecer de trabalhar a questão do dar: por esse motivo, muitos dos presentes que são feitos pelas crianças nesta altura são para oferecer aos familiares.
 
Pedro Madeira Rodrigues falou da necessidade de consumo, de forma a equilibrar a economia. Salientou o Natal como uma hipótese de sairmos de nós próprios para procurar algo que irá agradar ao outro. Pai de cinco crianças, Pedro sabe o que é ter os mais pequenos à espera do Natal para receber uma prenda especial.
 
Susana Albuquerque sublinhou a necessidade de prática de um consumo consciente e sustentado. Todos nós desejamos muitas coisas, mas será que necessitamos de todas elas? A representante da ASFAC mostrou um pequeno exemplo prático de como podemos ensinar às nossas crianças o valor do dinheiro e sobretudo a necessidade de o gerir. Esse exemplo passa pela criação de três mealheiros: um para gastar, outro para poupar e outro para doar. Desta forma, a criança (ou o jovem - e mesmo o adulto, arriscamos a dizer) pode fazer as suas escolhas sobre o destino do dinheiro que lhe é atribuído. E sobretudo, toma consciência das consequências - se eu colocar todo o meu dinheiro no mealheiro DOAR, como faço face às minhas despesas?
 
Surgiu ainda uma outra ideia de presentes, sem embrulho, que são vales ou cheques (simbólicos) de abraços, de tempo, de passeios com alguém.
 
Cláudia Cirilo teve ainda oportunidade de partilhar connosco o seu projecto de gestão júnior, no qual as crianças têm uma família fictícia ao seu cuidado, escolhem as profissões e assumem as decisões do orçamento familiar: será que este mês podemos ir jantar fora e ir ao cinema? Temos orçamento para trocar de carro?
 
Foram vários os exemplos partilhados sobre a relação das crianças e dos jovens com o dinheiro e alguns princípios de gestão financeira que podem ser incutidos desde cedo.
 
O Fórum agradece, mais uma vez, a disponibilidade do Teatro Rápido em acolher estes momentos de conversa. Agradece também a presença de todos - convidados e público - nas nossas tertúlias. Regressamos em Janeiro!
 
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